Quando tinha acabado de dormir, logo depois meu irmão e o Gringo vieram me acordar para arrumar a mala e dar uma última volta em Cusco antes de irmos para Ollantaytambo pegar o trem para Águas Calientes (cidadezinha localizada aos pés de Machu Picchu) mas eu não tinha condições! Eles foram a Qorikancha – Templo del Sol e curtiram muito!
Depois de tomarmos uma Dieta de Pollo e comermos um Lomo Saltado deliciosos por 15 soles (R$11) na Calle Plateros, fomos para Ollantaytambo. Nós optamos por ir de taxi (120 soles – R$ 90) mas também da pra ir de van, ônibus ou a melhor opção de todas: comprar um tour pelo Vale Sagrado! O tour é a melhor opção pois além de ser praticamente o mesmo valor do taxi, há vários sítios arqueológicos no caminho que fazem parte do Boleto Turístico de Cusco, inclusive Ollantaytambo, que é uma das últimas, realmente vale a pena. Desta forma você paga o mesmo valor, vê as ruínas e fica em Ollantaytambo enquanto o grupo segue e volta para Cusco. De táxi nós fomos sem parar nas ruínas mas pelo menos deu pra ver as incríveis paisagens do Vale Sagrado! Outra dica é comprar o trem de Ollantaytambo para Águas Callientes/Machu Picchu às 21h00 para poder aproveitar o dia em Ollantaytambo, que também vale muito a pena. Fui um dos lugares que eu mais gostei!
Ollantaytambo é um pueblo inca muito charmoso, localizado a 75 kilômetros de Cusco (1h30 – 2h de carro ou van) e a 2.792 metros acima do nível do mar. Devido a sua arquitetura inca original, o planejamento e a qualidade com que as pedras foram trabalhadas individualmente, Ollantaytambo é considerada uma obra monumental da arquitetura incaica sendo um dos complexos arquitetônicos mais monumentais, peculiares e surpreendentes do antigo Império Inca. Além do Templo do Sol, gigantescas formações rochosas e terraços, ruas retas e estreitas, muros altos, a característica das casas, pátios e da praça principal formam um verdadeiro legado histórico e cultural. Apesar de ser chamado “Fortaleza” devido a seus grandes muros e terraças, foi na verdade um complexo militar, religioso, administrativo e agrícola.
Chegamos e fomos procurar algum lugar para deixar nossas mochilas grandes nos albergues, hotéis, restaurantes e lojas de artesanato e arte no entorno da Praça Central. Conseguimos deixar de graça no Hostal Kiswar Cafe e fomos visitar as duas ruínas de Ollantaytambo, que ambas exigem muito esforço dos atletas para escalar e subir os degraus. A vista da cidadezinha cercada pelas montanhas e um sol maravilhoso recompensam todo o esforço e proporcionam uma sensação indescritível!
Depois de visitar as ruínas, fomos a Feirinha de Artesanato. Os produtos são de boa qualidade e os valores são negociáveis, é só “pechinchar”. Compramos chompas (aquelas blusas típicas da América Latina feita de lã de alpaca) por 30 soles (R$ 22,50), cachecóis, chaveiros, etc. Em seguida jantamos no Hostal Kiswar Cafe para retribuir o favor das mochilas e fomos para a Estação de Trem de Ollantaytambo (localizada a 10 minutos caminhando) para pegarmos o trem da Peru Rail com destino a Águas Calientes às 21h. Foi esperando o trem que conhecemos o Gabriel, um brasileiro que estava viajando na “carreira solo” e como o roteiro dele era muito parecido com o nosso (principalmente com o meu), acabou sendo meu 3º companheiro de viagem e seguimos juntos até o Chile!
Águas Calientes ou Machupicchu Pueblo surgiu no ano de 1911, com o início da construção da ferrovia e 10 anos após o descobrimento de Machu Picchu em 1901, a cidade sagrada dos Incas. Águas Calientes é uma cidade pacata, charmosa e devido a sua proximidade de Machu Picchu, serve de apoio logístico e além de oferecer diversas opções de hostels, hotéis e restaurantes, possui bares, farmácias, Internet, casas de câmbio, caixas automático, posto policial e de saúde para casos de emergência.
Por ser uma cidade cara comparada com as demais, muitas pessoas não pernoitam ou pernoitam apenas na noite anterior a Machu Picchu. Nós decidimos dormir lá por duas noites para poder pegar os ônibus que levam a Machu Picchu a cada 15 minutos à partir da 5h30 da manhã e visitar as ruínas bem cedo, antes do tumulto do final da manhã provocado pela chegada dos passageiros que desembarcam diariamente pelo trem. Além disso, aproveitamos o dia inteiro no Parque Arqueológico Nacional de Machu Picchu com tranquilidade, o que não é possível fazer normalmente pois o trem para voltar a Cusco normalmente sai bem no meio da tarde.
Chegamos em Águas Calientes as 23h e fomos direto para o Hostel Terrazas del Inca (Calle Wiracocha M-18-4), que mais parecia um hotel. O café da manhã era excelente e servia suco, leite, ovo, salada de fruta, chá, pão e manteiga, os quartos eram limpos e confortáveis, sem contar que está localizado nas margens do Rio Urubamba e o barulho da água era muito agradável. A diária em apartamento triplo com banheiro privado foi 200 soles (R$ 128). Recomendo!
No próximo post falarei sobre o nosso dia em Machu Picchu!
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